Friday, January 26, 2007

As coisas que importam

Olá!

Traz-me agora aqui não um assunto específico, nem talvez sério, mas verdadeiramente verdadeiro.

A vida são 2 dias. Os dias passam a um ritmo frenético, e mal damos por ser manhã já é noite novamente... não que eu me queixe, que adoro a noite, sou o que se pode chamar uma criatura noctívaga... anyway, seguindo em frente, todos nós vivemos imersos nos nossos problemas, nos nossos direitos, deveres, obrigações. Vamos vivendo como podemos, uns ao máximo, outros no mínimo, gozando aquilo que podemos, desperdiçando oportunidades, agarrando outras.

Isto toda a gente sabe, e não adianta estar aqui com grandes deambulações filosóficas.

O que eu quero mesmo falar é o que, no meio disto tudo, realmente importa.
O que é que fica, no fim de tudo?
O que é que podemos verdadeiramente dizer que é nosso?

Somos animais de emoções, é sabido.

A paixão galopante que nos leva a fazer loucuras, e que às vezes se dissipa sem mesmo sabermos como... paixão que nos engana, que nos manipula. Paixão.
O ódio... quando alguma coisa nos atinge em cheio no orgulho, quando somos diminuídos, ou mesmo quando não conseguimos compreender... o ódio.
A ambição, que nos faz nunca baixar os braços e nunca estar satisfeitos. A ambição que nos estimula. Que nos motiva, e nos levanta. A ambição.
A loucura, que nos despe, que nos dá um pretexto para sermos verdadeiros, que nos desculpa e nos revela. A loucura.
O medo, que nos prende, que nos faz recuar umas vezes, mas que nos dá a oportunidade de ganhar. De o vencer. Adversário indispensável para sermos vencedores. O medo.
O amor, que nos magoa. Magoa sem magoar verdadeiramente, que nos torna vulneráveis, que nos liga aos amigos, aos amantes, à família. O amor que nós deixamos que nos vença. O amor!

E tantas outras mais! Inveja, alegria, tristeza, gula, luxúria, terror, ciúme... tantas emoções que nos dominam.

Na relação com os outros, inevitavelmente surgem as emoções. Os grandes amigos, que amamos, a família, as pessoas que passam e nos levantam do chão, grandes paixões que duram meses, grandes amores de uma vida. Zangas com quem nos importamos, porque nos ferem, desilusões. Partilhar experiências com as pessoas que são importantes. Cultivar amizades. Criar laços!

Entregarmo-nos. Confiarmos uns nos outros. Termos parte de nós nos outros.

Eu amo a minha família. Amo os meus amigos. E amo sem ser correspondida, e não gosto disso. Zango-me quando as opiniões divergem... zango-me, discuto, quando são injustos... quando eu sou injusta também...mas peço desculpa quando sou injusta. Tento não ser extremista. Faço o máximo por nunca magoar ninguém.
Tenho ciúmes. Tenho invejas. Inseguranças e medos. Detesto que uma promessa não seja cumprida. E confesso que não gosto de não ser importante para alguém que me é importante.

Mas no fim de contas... pensando no assunto... venho a descobrir que o que é para mim verdadeiramente importante é.. ser verdadeira! Saber que alguém sabe o que eu sou, na realidade. Que se eu morrer agora, os meus amigos saibam o quanto foram para mim. Que alguém de quem eu goste saiba que me apetece saltar-lhe para cima, todos os dias. Que os meus pais saibam tudo o quanto lhes devo. Que a minha irmã saiba, simplesmente. Que alguém verdadeiramente me conheça!

Afinal, as coisas que importam... são as que ficam. As que nos tornam felizes, ou infelizes, não importa. São as que nos definem. Tornam-nos livres!


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