Os defensores do não são movidos por motivos morais, por isso quiçá mais intensos que os motivos muitas vezes sociais/saúde pública do sim. Mas... são movidos! Sim ou não, o que interessa é votar. Votar é um direito e um dever. Esta questão merece ser tratada com importância, e não fechando os olhos!
O meu voto, e não preciso de o esconder, vai para o sim. Facilmente se percebe que o problema passa por uma péssima educação sexual, e mesmo desleixo em relação aos métodos contraceptivos. Hoje em dia é facílimo comprar um preservativo, e a pílula contraceptiva pode ser adquirida nos centros de saúde. Mesmo assim, há por este país fora quem não conheça estes métodos, ou quem se sujeite a técnicas notoriamente falíveis (temperaturas, coito interrompido...) e que NÃO SÃO métodos contraceptivos. E isto não por ignorância muitas vezes... são decisões que as pessoas tomam e ficam na sua inteira responsabilidade. Se isto está certo, não sei... mas somos livres e com direito a escolha de atitudes. As consequências surgem e há que encará-las. Dentro deste prisma, surgem gravidezes que são levadas a termo, muitas vezes gerando crianças que crescem sem o mínimo de condições, sem comida e sem amor. Nascem crianças que acabam por ser desejadas e amadas e que vivem vidas felizes. E há outras gravidezes que são interrompidas, não adianta negá-lo. E interrompidas de maneiras atrozes, sem condições para a mãe, com graves sequelas ginecológicas e reprodutivas. Isto não faz sentido. É uma realidade que temos de enfrentar.
As pessoas não vão mudar de atitude de um dia para o outro. Não vão começar a usar preservativo porque aumentaram os casos de SIDA, não vão começar a tomar a pílula. Até se começar a criar uma política de educação sexual compatível com o país que temos. E... até lá... eu não me sinto confortável com a barbaridade que por hoje aí se pratica. Por isso voto sim, pela saúde e, parecendo contraditório, pela vida de qualidade.
Mas isso sou eu... Sim ou Não, vão votar, sejam responsáveis.
No comments:
Post a Comment